sábado, fevereiro 13, 2010

Próxima parada 27


Se alguém me contasse que a um dia dos meus 27 anos, a minha vida iria estar de cabeça pra baixo de novo...EU NÃO DUVIDARIA.
Não duvidaria, porque sempre as coisas atravessam o meu caminho, tornando-o mais difícil que parecia e era.
E me fazendo olhar pra trás com cara de espanto, um espanto visível: "Puxa! De novo!".
Também se não tivesse o caos não seria uma vida minha, porque eu sempre tive que aprender a perder desde cedo, remodelar meus planos porque tudo era diferente de como era na casa do vizinho e superar mesmo que eu só estivesse viva no dia seguinte.
Superar. Parece que vou conviver com este verbo a vida toda, que vou conjugá-lo em mil discursos e por mais que me orgulhe de tantas superações, ainda assim cansa muito ter um muro de Berlin pra pular todo dia.
E a cada ano muda a parada que vejo por trás do muro.
Próxima parada 27.

Um comentário:

Leni disse...

Interessate, embora por eventos diferentes, vi minha vida nessa mensagem. Sei como se sente, não a dor das suas perdas, assim como não pode sentir as minhas, mas em como é dificil viver presa em uma vida que parece estar prestes a desmoronar a qualquer momento. Durante um bom tempo a fé era minha companheira, minha aliada, os amargoros da vida, as decepções, desilusões, os furos, o ódio impresso nos olhos das pessoas, a violência, intolerância e a incapacidade de amar de alguns me fizeram perdê-la. Já não tenho mais essa amiga comigo. Sei que vivemos de pequenos momentos de felicidade, que existem pessoas que são capazes de amar com intensidade, que em algum dado instante a vida fica mais serena. Todo os dias peço para que isso aconteça logo. O que sei Dani é que podemos mudar alguns aspectos das nossas vidas, mas o contexto não dá.