O caminho que persiste em não voltar....

Eu só queria o meu caminho de volta, mostrando onde está a luz no fim do túnel e o amor que eu sonhava.

"Você vai encontrar o homem dos seus sonhos", incrível como esta frase sempre povoa a mente da maioria das mulheres. E aí a gente encontra um homem, inventa sonhos, sonha na maioria das vezes sozinha. E sonha e começa a transformar aquele homem em algo que nosso inconsciente produziu. Um dia este cara faz algo diferente e você acha que ele não é mais o mesmo. E ele um dia foi mesmo? Ou você conseguiu fantasiar tudo isso?

E no fundo, eu só queria que este labirinto não existisse e voltasse o caminho florido, com a estrada pouco sinuosa e com um por de sol maravilhoso iluminando o fim da estrada, onde certamente estaria você, nossa casa, nossos flihos e aquele sonho que insiste em ser só meu. Tão meu.

E eu que só queria fugir...

É tão difícil ver que eu corro, corro e corro sem conseguir deixar de tropeçar.

E parece que não chego a lugar algum apesar da paisagem mudar bruscamente.

E eu vejo todos os meus pesadelos passando por mim e tentando me puxar pelos braços.

E eu que só queria fugir me vejo paralisada, tonta e sem forças pra mais nada.

Eu só queria que a gente tivesse dado certo e que eu fosse a sua única certeza e pressa, mas infelizmente eu não sou mais que a dúvida ou o que pode esperar.

Alguém sabe o quanto dói esperar tanto tempo por alguém?

Ver o seu corpo todo perdendo o movimento e deixando de estar vivo?

Eu sei que não deveria ser assim e que eu deveria me livrar do que me traz dor, mas e se eu ainda estiver presa a tudo isso de forma tão inexplicável?

Porque tem dias que eu amo tanto e fico tão feliz que me parece que só o meu amor basta. Mas tem dias, como hoje, que o meu amor parece estar sendo todo desperdiçado. E eu me sinto só e sinto vontade de fugir de mim.

Despeço-me. De novo.

Outro dia 20.

Pena que não seja assim e que não seja apenas outro dia 20. Hoje é um dia doloroso, triste, saudoso, cheio de sentimentos que invadem a minha alma e se recusam a ir embora. Porque todo mês de Maio parece que vai ser amargo e todo dia das mães vai ser vazio.

Eu só queria que nada disso tivesse acontecido e que você estivesse aqui, dando o que de melhor você tinha: o seu amor de mãe.

E me guiando, incentivando e conduzindo pra que eu não tivesse tanto medo da vida, para que eu não enxergue a perda em tudo e sim, uma possibilidade de vitória.

Por longos quatro anos, os dias 20 de Maio são assim. Ora viram poesia, ora lágrimas.

E sei que vou contar mais anos como estes pro resto da minha vida, porque você é a parte de mim que nunca vai se recuperar. É a ferida que vou sempre ter um pouco aberta, como se os ventos do outono a machucasse novamente.

E vou te amar toda vez que eu pensar na falta que você me faz. E certamente ainda vou chorar muito. Porque não é apenas no dia 20 que eu penso na sua falta e sim, todos os dias.

E sigo te amando muito, todos os dias.

Que Deus te abençoe sempre e te mantenha por perto de mim.

De você eu nunca despeço-me.

Da caçulinha Daniela.

Que segue te amando muito, todos os dias.

Lu! Anda!

Com tanto coração pelo corpo acredito que às vezes ela não se permite sentir.
Quando ela nem percebe o amor vem chegando. Finalmente. Ou algo muito próximo disso.
Algo que dá o contentamento, que invade o nosso quarto e nos deixa rindo à toa.
Que durante a sessão da novela nos faz suspirar com o casal apaixonado.
E que torna as sessões de cinema mais encantadoras. Que faz a noite no bar passar rápido e entrosada como nunca.
Ela se pega sorrindo no banho, procurando o barulho da mensagem de texto no celular pela casa e principalmente relendo estas mensagens durante o dia, na hora do almoço, ao telefone...
E se ela se permitir ligar o botão do "foda-se" vai ficar tudo lindo, mesmo sem saber se para o outro é tudo igual.
Porque o botão do "foda-se" é o máximo e já que ela o ligou mesmo deve estar ciente que pra ela este estado de espírito é o que importa no fim.
Que é ele quem traz a serenidade e a ansiedade, transformando tudo em algo novo.
Pois é, eu tenho uma amiga que parece ter ligado o botão do "foda-se".
E agora ela anda rumo ao desconhecido mais feliz que poderia topar na vida.
Despeço-me!

Boneca de sonhos.

Sei que pareço uma boneca que foi programada para sonhar. Isso porque sonho alto como ninguém.
Mas não dizem que quanto mais alto a gente sonha, maior o tombo quando despencamos?
Por isso mesmo é bom sonhar alto, porque a queda nos porporciona a aventura, o voo livre, o frio na barriga.
E já que é pra ser uma boneca de sonhos, que eu seja a que cai, a que se despedaça e se reconstrói visando todo dia subir mais alto.
Despeço-me.

Cadê o colorido?

Parece que tiraram a cor das coisas.
E o grande "colorbar" que eu visualizava na adolescência foi perdendo o brilho e cada dia se tornando mais cinza.
Dá pra acreditar? Eu sem cor?
Eu que sempre fiz piruetas e piadas com tudo tendo hoje uma vida cinza.
A impressão mais tola é ver através dos filmes, seriados e novelas, fontes pra suspirar diversas vezes na semana, porque a minha vida não me deixa dar suspiros "apaixonantes". Apenas os de cansaço.
Como se acompanhar a vida dos outros e pior, uma vida que não existe, fosse melhor e mais leve que olhar para a minha.
Algo tão revolucionário quanto levantar da cadeira, mudar de emprego, ter religião ou sumir de qualquer ideia sobre alguma.
Casar ou fugir do noivo, morar numa barraca só pra encher a boca e dizer que tenho uma casa,
abrir mão das pessoas que conheço e que ainda me faz feliz e "deletar" todas as que estarão comigo pro resto da vida só pra fingir que elas não me fizeram mal e que nunca mais preciso encontrá-las.
E me pego todos os dias enquanto aprecio a novela, pensando se meu "colorbar" volta a ter cor.
Despeço-me.

Outros caminhos

Hoje acordei sabendo que eu preciso de outros caminhos. Mas continuei estática e sem saber qual caminho traçar, apesar de saber que nunca é tarde pra reconstruir, que o novo é sempre bem-vindo.
Mesmo assim eu ainda me vejo presa ao velho, sem forças pras mudanças necessárias e as poucas que já fiz, nem sei se as consigo sustentar.
É fato que eu preciso de luz pra fortalecer o meu sorriso. Preciso trocar a lâmpada pra que o brilho seja mais forte, pra suspirar com leveza ao invés de tristeza e me livrar de 20 kilos de passado árduo. Mas também sei que hoje, o máximo que consigo é publicar no blog um falso desejo de mudanças.
Porque quem deseja mesmo mudar, já mudou e nem percebeu.
Despeço-me.

Próxima parada 27

Se alguém me contasse que a um dia dos meus 27 anos, a minha vida iria estar de cabeça pra baixo de novo...EU NÃO DUVIDARIA.
Não duvidaria, porque sempre as coisas atravessam o meu caminho, tornando-o mais difícil que parecia e era.
E me fazendo olhar pra trás com cara de espanto, um espanto visível: "Puxa! De novo!".
Também se não tivesse o caos não seria uma vida minha, porque eu sempre tive que aprender a perder desde cedo, remodelar meus planos porque tudo era diferente de como era na casa do vizinho e superar mesmo que eu só estivesse viva no dia seguinte.
Superar. Parece que vou conviver com este verbo a vida toda, que vou conjugá-lo em mil discursos e por mais que me orgulhe de tantas superações, ainda assim cansa muito ter um muro de Berlin pra pular todo dia.
E a cada ano muda a parada que vejo por trás do muro.
Próxima parada 27.

O pouco que sobrou...

Eu cansei de ser assim

Não posso mais levar

Se tudo é tão ruim

Por onde eu devo ir?

A vida vai seguir

Ninguém vai reparar

Aqui neste lugar

Eu acho que acabou

Mas vou cantar

Pra não cair

Fingindo ser alguém

Que vive assim de bem
Eu não sei por onde foi

Só resta eu me entregar

Cansei de procurar

O pouco que sobrou

Eu tinha algum amor

Eu era bem melhor

Mas tudo deu um nó

E a vida se perdeu

Se existe Deus em agonia

Manda essa cavalaria

Que hoje a fé

Me abandonou

A diferença na minha saudade...

Existem pessoas que pensam na distância como um algo à mais para manter o amor,

que precisam da saudade como alimento para que o reencontro seja mais saboroso.

E existem pessoas que desejam a manutenção deste amor, não apenas fisicamente, mas que haja a presença em todos os momentos.

Eu não sei denominar se é alguma deficiência de autoestima, mas é uma necessidade em se sentir presente. De ser um presente na vida de alguém.

Amar às vezes parece difícil, porque nem sempre o jeito que a gente ama é o jeito que somos amados e talvez a pessoa nem ame menos, ame diferente e só.

Isso já basta pra faltar um pedaço da felicidade na existência de quem se sente amando mais.

Despeço-me.

365 novas oportunidades de ser feliz...

Tudo novo. De novo.

Com mais 365 novas oportunidades de ser feliz.

De sorrir. Nem que seja apenas 3 horas de um dia corrido.

26 anos, 9490 dias. Será que em todos eles eu aproveitei algo?

Pensar que não tira o equilíbrio. Desanima.

E desanimada ninguém zera o contagiro pros novos 365 dias.

Tanta coisa pra um ano 10. Tantas expectativas que o ano seja literalmente 10.

Que seja repleto de paz. Amor. Saúde. Amigos.

Que tenha cheiro de casa nova.

De perspectivas novas na carreira.

Em tudo.

São 365 dias pra fugir de chorar de tristezas.

Porque ela já estivera presente em grande parte dos demais 9490 dias passados.

Exagero? Não foi uma angústia que se foi.

Agora eu quero mesmo é só sentir a expectativa boa.

Que venha estes tais dias...

Despeço-me!